O Instituto Milton H. Erickson do Espírito Santo surge dos grupos de estudo e supervisão do professor Liberato Tristão Schwartz, que se reuniam na Universidade Federal do Espírito Santo nos idos de 1980 para estudar psicanálise.

O grupo foi se renovando em seus membros, alunos de medicina da Universidade, professores de enfermagem, serviço social e médicos. Liberato sempre receptivo, acolhendo, incentivando, estudando e ensinando teoria e dando supervisão clínica.

Entre 1994 e 1996, o grupo se reunião na Clínica Cops, da colega e professora Roberta Giovanotti, que participava dos estudos. Nesse período, começaram no Brasil os cursos de Programação Neurolingüística, e ficamos muito curiosos com essa forma de abordagem. Também desconfiados, pagamos para ver. Acreditamos e gostamos. Passamos a estudar as técnicas da PNL.

Chegou no Brasil a professora Vanda Andreoli, italiana com formação em Programação Neurolingüística e Hipnose. Foi convidada para dar um curso de PNL, mas nos convenceu a nos ministrar um curso de Hipnose Ericksoniana. Que surpresa e que mudanças! Da Psicanálise para a PNL, e agora para a Hipnose. Até então conhecíamos apenas as idéias, nossas até há poucos meses na época, de que hipnose não funciona porque não trata as causas dos problemas. Mais uma vez, curiosos e desconfiados, pagamos para ver. E agora não só acreditamos na Hipnose Ericksoniana como também nos apaixonamos.

Em 1994 foi fundado o Centro Capixaba de Estudos Ericksonianos - CCEE, instituição sem fins lucrativos, com objetivos de estudar e ensinar PNL e Hipnose Ericksoniana. Em 1996 o grupo passou a se reunir no consultório de Clenice de Souza Schwartz, psicóloga, esposa de Liberato. Em 1996 foi ministrado o primeiro curso de hipnose pelo CCEE quando então, e para tal fim, Jovino começou a escrever sobre hipnose.

Em 1997 a professora Marlene Simonetti, membro do grupo, nos apresentou Sofia Bauer, médica e psicoterapeuta ericksoniana do Instituto Milton H. Erickson de Belo Horizonte, que nos deu alguns cursos e muito contribuiu para nossa prática clínica. Sofia sugeriu que fundássemos o Instituto Milton H. Erickson do Espírito Santo, que está ligado à Fundação Milton H. Erickson, nos Estados Unidos. Ela nos apresentou à Fundação, enviaram-se currículos e fomos aceitos.

Nosso Instituto continua sendo uma instituição sem fins lucrativos. Seus sócios fundadores foram: Benedito Ferdinando Gianórdoli, Clenice de Souza Schwartz, Diana Schwartz Calheiros, Diógenes Antônio da Costa Schwartz, Inah Pedreira da Silva, Jovino da Silva Alves Araujo, Liberato Tristão Schwartz, Kelmer Roberto Casotti, Maria Isa Herkenhoff Araujo, Marlene Simonetti Garcia, Mércia Tereza dos Santos Ribeiro, Nilcy Garcia Ferreira e Roberta Giovanotti. Mércia, nossa querida colega, excelente profissional falecida em 2000, nos faz falta e deixou saudade.

Em 1998 conhecemos o hipnólogo Myron Sailing, de Curitiba, no Congresso Internacional de Hipnose em Serra Negro, São Paulo. Ele é psicólogo clínico e trabalha com Hipnose Clássica. Nós ficamos curiosos e o convidamos para ministrar um curso em Vitória. Myron influenciou e contribuiu muito para a forma como hoje ministramos nossos cursos no Instituto Milton H. Erickson do Espírito Santo.

Egressos dos cursos por nós ministrados, podemos ver hoje colegas médicos de outras áreas como ginecologistas, pediatras, homeopatas, obstetras, radiologistas, endoscopistas, anestesiologistas, cirurgiões vasculares, gastroenterologistas e neurologistas usando a abordagem da hipnose ericksoniana com seus pacientes. Como também dentistas, psicólogos e assistentes sociais. É gratificante ouvir elogios a colegas que usam a hipnose em seu trabalho e que estudaram no Instituto.

Clínica Dr. Liberato Schwartz

Desde o ano de 2001 o Instituto se reúne na Clínica Dr. Liberato Schwartz, espaço cedido gratuitamente por Liberato e Clenice, com direito a cafezinho, biscoitos e balas.

A trajetória do Instituto Milton H. Erickson do Espírito Santo faz parte da história de cada um dos seus membros. Cada um com sua missão pessoal, e todos com essa missão no Instituto e do Instituto - ensinar a hipnose, a comunicação hipnótica, essa linguagem hipnótica, que faz lembrar Paulo a Coríntios: "Ainda que eu falasse a língua dos homens, e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria". Essa linguagem pode curar e aliviar o sofrimento, pode construir e reconstruir.